Um prato colorido é um indicativo de uma dieta balanceada, mas as folhagens verdes-escuras se destacam por serem antioxidantes
Folhagens verdes-escuras são muito importantes para o bom funcionamento do organismo. Elas possuem altas quantidades de antioxidantes, que combatem a ação gradual dos radicais livres, os responsáveis pelo envelhecimento das células, e estimulam o sistema nervoso a formar novas ligações entre as células, preservando a memória e melhorando o raciocínio.
Segundo uma pesquisa desenvolvida na Universidade Chicago Rush, e publicada em uma das revistas mais conceituadas do ramo da saúde, Neurology, o consumo destas folhas também reduz o risco de doenças cardiovasculares, como é o caso do AVC.
A coloração verde-escura marcante ocorre pela presença de clorofila, caroteno, luteína e zeaxantina, substâncias naturais que desintoxicam o corpo, regulam a pressão, protegem os olhos e reforçam o sistema circulatório, imunológico e o músculo cardíaco.
Além destes importantes benefícios, as folhas verdes-escuras são ricas em nutrientes como os folatos, um tipo de vitamina B fundamentall no desenvolvimento cerebral e da medula espinhal do feto durante a gestação – gestantes são incentivadas a complementar o consumo desta vitamina com comprimidos e aumentar a ingestão de alimentos ricos em folatos, também conhecidos como ácido fólico.
Também presente nas folhas verdes, o potássio é muito importante para uma vida de qualidade. A falta do nutriente pode causar sonolência, fraqueza, náuseas, cãibras e até confusão mental.
O consumo diário de folhosos também é relacionado à prevenção de osteoporose, anemia, cardiopatia e outras doenças, e, por ser uma boa fonte de fibras, estes alimentos ajudam na sensação de saciedade. Assim, quando inseridos em uma dieta equilibrada, auxiliam no processo de emagrecimento.
É importante ressaltar que comer estas folhas vez ou outra não trará o resultado desejado. A recomendação médica é que elas sejam incluídas diariamente nas refeições, e, para manter o hábito de consumo, variar a forma que as folhas são preparadas é primordial.
Comer couve refogada todos os dias pode enjoar, então a dica é alternar com a couve crispy, que pode ser feita rapidamente e sem óleo na air fryer, adicionando apenas azeite e sal, ajudando na construção do hábito.
Confira a lista de folhas verdes para incluir na sua dieta: alface (lisa, crespa, mimosa ou roxa), agrião, acelga (também conhecida como couve chinesa), brócolis, chicória, couve, coentro, taioba, endívia, escarola, espinafre, mostarda, repolho e rúcula.
Como incluir as folhas escuras no cardápio
Com um sabor forte e marcante, as folhas escuras podem não agradar muitas pessoas, especialmente as que não estão habituadas a comer salada, mas isto não é motivo para desistir da ingestão diária desse alimento!
Eduque o paladar, adicionando as folhagens em receitas como risotos, quiches, suflês, sucos e até pizzas. Depois, coloque as folhas nas saladas, juntamente de outros vegetais e um molho caseiro a sua escolha. Com um pouco de tempo e paciência, a disposição para comer folhas verdes irá aparecer.
Consumir os alimentos crus é ainda melhor para um maior aproveitamento nutricional.
Cuidados no consumo
Apesar de as folhas poderem ser consumidas livremente e de forma segura, o ideal é sempre fazer uma avaliação para individualizar as orientações nutricionais, especialmente em casos como:
- pessoas que fazem uso de anticoagulante, porque a vitamina K pode interferir no efeito da medicação;
- pessoas com doenças renais: o consumo de potássio pode ser prejudicial, além de estimular a formação de cristais de oxalato de cálcio.
Existem alguns estudos em revisão que indicam que os isotiocianatos, presentes no agrião, couve e espinafre, podem interferir na capacidade do organismo de absorver iodo, um mineral essencial para o funcionamento da tireoide. Mas esta observação ainda não foi confirmada em estudos com seres humanos.