Entenda como diversas experiências complementares podem ajudar a alavancar a formação acadêmica
O período de formação do profissional de medicina pode passar por diversas etapas, por isso, estar consciente dos objetivos que deseja atingir é essencial para um plano de carreira bem-sucedido. Um extensivo para residência em clínica médica, por exemplo, pode impulsionar a formação, abrindo portas para alcançar posições de destaque.
Nos últimos dez anos, houve um crescimento de 84% no número de médicos registrados em alguma especialidade, passando de 268,2 mil em 2012 para 495.716 em 2022. De acordo com a Demografia Médica no Brasil (DMB), a projeção é de que o Brasil tenha mais de 1 milhão de médicos até o ano de 2035. O estudo é uma parceria entre a FMUSP – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e a AMB – Associação Médica Brasileira, e mostra como o mercado de trabalho neste setor tem crescido e vai continuar em ascensão nos próximos anos.
Entendendo esse cenário, é fundamental fazer uma análise de seus conhecimentos, desempenho atual, entender onde quer chegar e as instituições desejadas. O ideal é poder contar com um plano de estudos personalizado para atingir os objetivos desejados.
Abaixo, reunimos três experiências complementares que podem ajudar nesse processo, impulsionando a formação acadêmica.
Planejamento é essencial
O autoconhecimento é importante nesta etapa, pois a escolha da especialidade deverá ter base nas áreas de interesse e maior habilidade. Tenha em mente onde quer chegar e trace uma rota de como alcançar seus objetivos. Caso seja necessário, inclua cursos, workshops, seminários, literatura médica e até mesmo experiências voluntárias no momento do planejamento.
Em relação aos processos seletivos propriamente ditos, contar com cursos preparatórios, como o extensivo para residência em clínica médica, podem consolidar conhecimentos e otimizar o preparo para as provas de admissão. Com aulas, revisões, acompanhamento de desempenho e mentoria personalizada.
Importância do segundo e terceiro idioma
Falar um idioma pode abrir portas não só em relação ao futuro, mas auxiliar a entender e estudar o presente. Como muitos estudos científicos internacionais são feitos em inglês ou espanhol, é fundamental treinar as habilidades de comunicação e resolução de problemas em outro idioma, garantindo a experiência necessária para se destacar no mercado.
Isso se torna uma peça-chave no processo de formação, pois, além das oportunidades de aprendizado formal, o profissional tem a chance de mudar as visões de mundo, sendo uma pessoa muito mais empática e humana.
Além do intercâmbio de trabalho voluntário em países como Índia, Sri Lanka e África do Sul, onde o participante pode ter contato com outras realidades, ganhando experiência de mundo, há aqueles voltados à profissão, como medical english, que oferece a possibilidade de estudar o idioma de forma intensiva, tendo contato com colegas de diversas partes do mundo, além da troca de experiências com foco no setor.
Networking é a chave para o sucesso
Estar engajado em projetos diversos, fazer parcerias com colegas de profissão na produção de artigos, buscar grupos na área desejada, podem ser pontos importantes para levar em consideração. Atitudes como essas podem ajudar a ganhar credibilidade, criando uma reputação, trocando experiências e construindo parcerias que podem ser duradouras.
As redes sociais também exercem um importante papel nesse sentido, permitindo que o profissional possa se conectar a pessoas e casos nos mais diversos países, além de servir como uma vitrine para expor o trabalho que tem sido realizado. É preciso estar atento às oportunidades e saber a hora certa de aproveitar as chances.
As novas habilidades clínicas exigidas na profissão, como soft skills, idiomas e experiência internacional, demonstram a competitividade na prática médica e a necessidade de estar em constante atualização.