A indústria dos jogos eletrônicos tem apresentado um crescimento impressionante nos últimos anos, e nos dias de hoje, este mercado consegue ser superior em faturamento ao cinematográfico e musical quando o assunto é consumo de entretenimento.
Recentemente, o proprietário da Rage Quit Academy, primeira game school do país, Daniel Coelho, participou do podcast Papo Raiz, onde falou um pouco sobre o momento atual da indústria dos jogos e as perspectivas para o futuro do setor.
Durante o bate-papo, Daniel pontuou que a ideia inicial era de que a Rage Quit Academy fosse uma agência especializada em marketing esportivo. No entanto, com o início da crise sanitária que assolou diversos setores da sociedade, a empresa passou a aproximar jogadores profissionais de games dos amadores, conseguindo assim uma renda extra. “Nosso público é o cara que joga de forma casual, mas que quer jogar melhor, então, essa pessoa vai lá e marca aula com um dos nossos pro-players”, relatou Daniel.
Inicialmente voltada para um público mais jovem, a indústria dos jogos hoje possui milhões de fãs apenas no Brasil, que não só se divertem, mas que também viram nesse nicho uma oportunidade de trabalhar profissionalmente em um mercado que movimenta bilhões todos os anos. “Tem os criadores de Hardware; as desenvolvedoras dos jogos eletrônicos; as publicadoras/distribuidoras, que geralmente é quem investe nesses produtos; e daí tem os players, os times e as arenas de jogos. São oito grandes frentes que compõem o universo de games e que são divididas em micro”, explica Daniel.
Como o setor se comporta no Brasil
De acordo com uma pesquisa realizada pela Newzoo, o Brasil lidera o mercado dos games na América Latina e apenas em 2021 teve um faturamento de R$ 11 bilhões, com previsão de crescimento de 6% em 2022. No entanto, mesmo com esses números, Daniel aponta que o país ainda não possui um fundo de capital voltado para o desenvolvimento de tecnologia de jogos.
O executivo também relata que mesmo com o elevado nível de paixão e adesão dos brasileiros aos e-Sports, a profissão de pro-player ainda é defasada no país. Contudo, as competições de e-Sports têm atraído um público cada vez maior para este setor, sendo que muitos fãs além de acompanharem os torneios de perto, realizam palpites em suas modalidades favoritas.
Dessa forma, tem se tornado cada vez mais comum no Brasil a atuação de plataformas de apostas que cobrem competições de esportes eletrônicos. Este é o caso dos melhores sites de apostas cs go, onde o usuário pode realizar palpites personalizados em uma das modalidades mais amadas dos e-Sports, tendo acesso ainda a bônus e promoções exclusivas que garantem que seu dinheiro renda muito mais.
Ainda de acordo com a pesquisa da Newzoo, somente em 2020 o público gamer cresceu em 9% no Brasil, e o rendimento dessa indústria aumentou em 28% no período.
Nicho do entretenimento mais lucrativo do planeta
O mercado dos games deve continuar em ascensão nos próximos anos, mas desde já ele é visto como o mais lucrativo se comparado com outros setores do entretenimento. “Hoje o game é a maior indústria de entretenimento do mundo e o maior produto de entretenimento de sucesso do mundo é o GTA”, afirma Daniel Coelho. Até maio de 2022, o GTA V havia vendido ao menos 165 milhões de cópias e de acordo com sua desenvolvedora, a Rockstar, o título atingiu o lucro de US$ 1 bilhão mais rápido do que qualquer outro lançamento da indústria do entretenimento.
Boa parte do sucesso da comercialização desse setor se dá por conta dos jogos online. Segundo Daniel, muitos títulos foram lançados simplesmente para ter uma ampla base de fãs, o que alavanca os rendimentos dos desenvolvedores. Com isso, há um fomento para o desenvolvimento da tecnologia de produção de games, que torna a jogatina cada vez mais acessível e barata.